Na maioria das vezes (99%) a realidade sobrepõe-se a fantasia. Pensar que apenas com eleições se faz uma revolução é de uma ingenuidade enorme. São precisos anos de trabalho e dedicação para alterar as mentalidades, fazer prevalecer os nossos ideais, levar a "gentinha" a seguir a nossa filosofia. Não basta ser honesto e trabalhador, é preciso ser esperto e saber usar artimanhas para conseguir os objectivos. Para que não se esqueçam, neste nosso pequeno Portugal só dois partidos mandam: PS e PSD, quem pensar que lhes pode fazer frente está muito enganado. Existem outros partidos e movimentos mas falta-lhes outra coisa, falta a "força" política, a "força" dos empresários, a "força" do patronato, a "força" do amigo americano, a "força" dos interesses pessoais, a "força" do dinheiro fácil, a "força" das estratégias económicas. Quem não possuir um líder carismático, forte, persuasivo, comunicador, apresentável, de conversa fácil e sorridente, amigo de todos, profundo conhecedor dos nossos problemas (não é necessário saber resolvê-los), com uma máquina partidária capaz de movimentar multidões num ápice, nunca chega a lado nenhum. Desce na escala partidária até que um dia bate no fundo, e quando isso acontecer pode ser que nessa altura abram os olhos e quando tentarem fazer as alterações devidas já seja tarde ou o inicio do fim.

Há uma frase que diz assim:

Há que saber os tipos de festas que o Povo quer e saber os tipos de bolos que o Povo gosta. Há que mudar e não ficar agarrados a saudosismos do inicio do século XX. Se compararmos as diferentes formas de actuação de cada partido com assento na Assembleia veremos como as suas estratégias deram os resultados apurados. Analisando as várias campanhas deve-se tirar as conclusões necessárias para evitar erros futuros.

Peço desculpa se me alonguei demais no texto mas já estou farto de ver sempre os mesmos a chorar sobre o leite derramado escondidos atrás duma pedra qualquer.